26 de julho de 2013

TROVA # 19

EU QUERIA SER MICK JAGGER!



The past is a great place and I don't want to erase it or to regret it, but I don't want to be its prisoner either.”
O passado é um lugar bacana e eu não quero apaga-lo ou me arrepender dele, mas não quero ser seu prisioneiro de forma alguma.
Mick Jagger

          Sim, eu confesso: se eu pudesse ser uma Estrela do Rock ‘n’ Roll para ser durante um dia, não pensaria duas vezes em dizer que queria ser Mick Jagger! Por quê? Ora essa, resposta facílima: porque Sir Mick é embebido em juventude (seguindo os preceitos do bom e não tão velho estatuto do Rock), é energético dentro e fora dos palcos, é dramático e sarcástico ao mesmo tempo, é o mais jurássico das estrelas roqueiras sem ser empoeirado, já dormiu com Deus e o mundo, etc. etc. etc... Ou seja, ele É sexo, drogas e Rock 'n' Roll: apenas isso!
          Muitos dos que me conhecem sabem que Mick Jagger é o meu stone preferido. Sonhava em ter aqueles cabelos lisos e ligeiramente longos, tais quais ele tinha na época de Exile On Main Street (1972), evidenciando aquela boa e velha androginia no final dos anos 1990 (meus heróis não morreram de overdose, mas são os mesmos da geração dos meus pais!) ou me mover pelos palcos e pela vida com aquele rebolado... Sim, eu confesso, eu confesso...
          No entanto, a partir de 26 de Julho de 2013, Michael Philip Jagger conseguiu mais um motivo para que eu o inveje ainda mais: chegou aos 70 anos de idade com uma energia de fazer inveja a muitos rapazes da minha faixa etária. Quem estava no Hyde Park, em Londres, no início de Julho de 2013, viu e ouviu Mick à frente de dois concertos históricos da banda de Rock mais importante em atividade. Os sortudos que foram aos shows dos Rolling Stones na turnê que varreu os EUA durante o primeiro semestre de 2013, também viram que a energia de Sir Mick parece inesgotável! A pergunta que todos, perplexos, fazemos é: como ele consegue?
          Mick é filho de um Professor de Educação Física. Sempre fez exercícios, foi competitivo e sempre se esforçou para ser o melhor naquilo com o se envolve. Além disso (dizem as lendas), não foi tão junkie como Richards, Jones ou Wood. Sempre se fez de “louco”, mas foi o mais sábio de todos os roqueiros de sua geração e não se deixou sucumbir completamente pelos alucinógenos. Sua performance esfuziante nos palcos não era movida a mera cocaína ou demais estimulantes, é fruto de um físico mantido a exercícios constantes, para inveja e desespero de quem não consegue tal determinação e/ou biótipo. Além disso, sempre teve olhos de lince para os negócios - daí explica-se o fato dos Rolling Stones serem não apenas um baluarte do Rock, como também o fato de serem uma marca rentável e que move milhões e milhões de verdinhas... E disso, tio Mick gosta tanto quanto a cópia da costela de Adão! 
          Tem outro elemento que diferencia Jagger de seus companheiros de geração: este rapaz de sete décadas sempre foi movido a uma insatisfação constante – não me refiro apenas a “Satisfaction”, o major hit dos Rolling Stones –, com o amor (dois casamentos desfeitos, sete filhos), com a política (não é um liberal convicto, mas é um crítico feroz dos conservadores), com os costumes (faz questão de não se enquadrar com os limites impostos pela masculinidade tradicional), com o próprio Rock (é dono de uma extensa discografia - tanto a frente dos Stones, quanto em carreira solo). Este aspecto faz com que o frontman da banda mais festejada do Rock ‘n’ Roll se destaque em relação a outros rivais do mundo da música como Bono Vox, Steven Tyler, Robert Plant e tantos outros...
          Por estas e tantas outras, um brinde a Mick Jagger! Que o Mestre possa nos surpreender por outros 70 anos ou mais!
          Cheers from Brazil, Sir Mick!

Confira os links abaixo sobre os 70 anos de Mick Jagger:

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