EU QUERIA SER MICK JAGGER!
“The past is a great place and I don't want
to erase it or to regret it, but I don't want to be its prisoner either.”
“O passado é um lugar bacana e eu não quero apaga-lo ou me arrepender dele,
mas não quero ser seu prisioneiro de forma alguma.”
Mick Jagger
Sim, eu confesso: se eu pudesse ser uma Estrela do Rock ‘n’ Roll para ser durante um dia, não
pensaria duas vezes em dizer que queria ser Mick Jagger! Por quê? Ora essa,
resposta facílima: porque Sir Mick é
embebido em juventude (seguindo os preceitos do bom e não tão velho estatuto do
Rock), é energético dentro e fora dos
palcos, é dramático e sarcástico ao mesmo tempo, é o mais jurássico das
estrelas roqueiras sem ser empoeirado, já dormiu com Deus e o mundo, etc. etc. etc... Ou seja, ele É sexo, drogas e Rock 'n' Roll: apenas isso!
Muitos dos que me conhecem sabem que Mick Jagger é o meu stone preferido. Sonhava em ter aqueles
cabelos lisos e ligeiramente longos, tais quais ele tinha na época de Exile On Main Street (1972),
evidenciando aquela boa e velha androginia no final dos anos 1990 (meus heróis não
morreram de overdose, mas são os mesmos da geração dos meus pais!) ou me mover
pelos palcos e pela vida com aquele rebolado... Sim, eu confesso, eu confesso...
No entanto, a partir de 26 de Julho de 2013, Michael Philip
Jagger conseguiu mais um motivo para que eu o inveje ainda mais: chegou aos 70
anos de idade com uma energia de fazer inveja a muitos rapazes da minha faixa etária.
Quem estava no Hyde Park, em Londres, no início de Julho de 2013, viu e ouviu Mick à frente de dois concertos históricos da banda de Rock mais importante em atividade. Os sortudos que foram aos
shows dos Rolling Stones na turnê que varreu os EUA durante o primeiro semestre de
2013, também viram que a energia de Sir Mick parece inesgotável! A pergunta que
todos, perplexos, fazemos é: como ele consegue?
Mick é filho de um Professor de Educação Física. Sempre fez
exercícios, foi competitivo e sempre se esforçou para ser o melhor naquilo com
o se envolve. Além disso (dizem as lendas), não foi tão junkie como Richards, Jones ou Wood. Sempre se fez de “louco”, mas
foi o mais sábio de todos os roqueiros de sua geração e não se deixou sucumbir completamente pelos alucinógenos. Sua performance esfuziante
nos palcos não era movida a mera cocaína ou demais estimulantes, é fruto de um
físico mantido a exercícios constantes, para inveja e desespero de quem não
consegue tal determinação e/ou biótipo. Além disso, sempre teve olhos de lince para os negócios - daí explica-se o fato dos Rolling Stones serem não apenas um baluarte do Rock, como também o fato de serem uma marca rentável e que move milhões e milhões de verdinhas... E disso, tio Mick gosta tanto quanto a cópia da costela de Adão!
Tem outro elemento que diferencia Jagger de seus
companheiros de geração: este rapaz de sete décadas sempre foi movido a uma
insatisfação constante – não me refiro apenas a “Satisfaction”, o major hit dos Rolling Stones –, com o
amor (dois casamentos desfeitos, sete filhos), com a política (não é um liberal
convicto, mas é um crítico feroz dos conservadores), com os costumes (faz questão
de não se enquadrar com os limites impostos pela masculinidade tradicional),
com o próprio Rock (é dono de uma
extensa discografia - tanto a frente dos Stones, quanto em carreira solo). Este aspecto faz com que o frontman da banda mais festejada do Rock ‘n’ Roll se destaque em relação a
outros rivais do mundo da música como Bono Vox, Steven Tyler, Robert Plant e
tantos outros...
Por estas e tantas outras, um brinde a Mick Jagger! Que o
Mestre possa nos surpreender por outros 70 anos ou mais!
Cheers from Brazil, Sir Mick!
Confira os links abaixo sobre
os 70 anos de Mick Jagger: